
No processo, o presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves alegou que o magistrado tenha afirmado que os deputados retêm entre 20% e 50% do valor das emendas orçamentárias que seriam destinadas ao financiamento de campanhas eleitorais. Para Alves, ao afirmar isso, o juiz “denigre a imagem do Legislativo Brasileiro.”
O deputado federal Simplício Araújo (SD/MA), que participou da sessão, considerou acertada a decisão do tribunal. Na visão do parlamentar, que foi um dos primeiros a levantar voz em favor do juiz maranhense, a decisão humilhou publicamente e manchou mais uma vez a imagem da Câmara dos Deputados.
“A obra é didática e contribui muito com o momento que estamos vivendo no país. A Câmara dos Deputados deveria ter feito uma apuração interna antes de buscar processar o juiz por conta de uma obra de ficção científica. É muito válida a obra e está de parabéns o tribunal”, avaliou Simplício, ao afirmar que a obra retrata a forma obscura como muitos parlamentares agem.
Entenda o caso
Henrique Eduardo Alves enxergou uma ofensa em uma participação de Márlon Reis em uma reportagem do programa “Fantástico” veiculada em 8 de junho de 2014. Alves acusou o juiz de conduta imprópria à magistratura ao apontar em livro as práticas mais comuns de corrupção numa eleição para deputado.
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